O mundo de fato está em transformação, com o viés da tecnologia muitas coisas estão mudando rápido demais, como também os seus efeitos sobre o censo demográfico brasileiro. É uma questão importante e, portanto, devemos discutir debater e principalmente proporcionar novas políticas públicas para isso. Os dados estão demonstrando que, a partir de 2051, a população jovem será menor do que a mais idosa.
E, mais, segundo as Nações Unidas, em seu Departamento Econômico e Social afirmou que: "em média teremos uma população de 8,6 bilhões em 2030, 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100. E quanto à fertilidade humana a média em 2010 - 2015 foram de 2,5 filhos por família. No entanto, entre 2045-2050 serão de 2,2, e em 2095-2100 vai ser 2,0." Em ritmo de desaceleração e mudanças.
As últimas pesquisas acerca disso e complementares sobre o tema concluíram que já em 2017 tínhamos, no Estado do Rio Grande do Sul, 162 inativos contra 100 ativos, ou seja, mais pessoas aposentadas do que trabalhando ativamente. Em Minas Gerais, são 128 inativos contra 100 ativos. E, no Rio de Janeiro, 114 inativos em relação a 100 ativos. Ou seja, temos uma tendência de mais pessoas aposentadas versus a uma população em idade ativa para o trabalho. E tendo, como prognóstico uma sensível diminuição de jovens a partir de 2050, teremos mais problemas pela frente.
Outro dado interessante e alarmante é que, em 2000, 13,1% da população era dependente do sistema de seguridade social (saúde, previdência e social). Em 2050 teremos o percentual de 52,1%. Pois bem, o que fazer? De fato temos que construir um novo modelo econômico - social de Previdência, rever os mecanismos de ajuste fiscal, mas saliento, e pode ser o mais importante, um modelo macroeconômico de incentivo a produtividade da população. Proporcionar à população em geral, mas principalmente aos jovens, incentivos de incremento a sua produtividade é a certeza do sucesso para o nosso futuro. Temos que pensar na qualidade de nossa formação.
Na Alemanha, recentemente o governo instituiu um novo regramento no modelo de migração, e mais, atrelou a isso ações de incentivo interno para os jovens residentes em melhorarem a sua eficiência e produtividade. Sendo assim, meus caros leitores, o pessoal desenvolvido está pensando no longo prazo e temos que fazer o mesmo por aqui!
Por fim, essas tendências tem um efeito enorme em nosso fluxo produtivo. Muitas mudanças acontecerão na indústria, no setor primário e principalmente no comércio, no serviço e na vida das pessoas. Teremos um tipo de consumidor diferente no futuro, como, também, necessidades e comportamentos distintos dos dias atuais. E, mais, um detalhe muito importante nesta semana, a reforma da Previdência foi lançada. Veremos agora as discussões no Parlamento e na sociedade. Prepara-se para um novo processo!